Lei de Sociedade como construtora da cidadania cristã e espírita

Lei de Sociedade como construtora da cidadania cristã e espírita

– Base de reflexão: 3ª parte de O Livro dos Espíritos, as Leis Morais fundamentaram o Evangelho Segundo o Espiritismo

Para que possamos compreender o microcosmo familiar, é importante compreendermos o macrocosmo social. Por mais que procuremos as causas para as questões que afligem a família, nunca poderemos chegar a uma conclusão se não observarmos em qual contexto sociocultural a família se situa, quais os problemas sociais que ela enfrenta, quais os fatores genéticos que a caracterizam, quais os seus padrões de conduta, dentre outros fatores, para finalmente sair em defesa da união de seus componentes, sob o ponto de vista ético-moral. 

Então, é muito mais do que apenas fazer reuniões onde cada elemento da família expõe seus anseios, como querem algumas “terapias familiares’ surgidas no meio “espírita”, onde todos clamam por atenção e compreensão. Na maior parte das vezes, essas reuniões terminam com choro e abraços. Mas permanece a pergunta: os problemas reais foram solucionados? Alcançou-se realmente o entendimento das causas dos conflitos? Ou eles – os conflitos – foram jogados debaixo do tapete para posterior limpeza?

O Espiritismo faz muito mais por todos nós do que possamos imaginar – leva-nos ao entendimento das causas reais e não aparentes dos dramas humanos, por conseguinte, familiares e sociais. […]

A figueira seca é o símbolo da aparência do Bem, mas que nada produz de Bom. […]

Kardec afirma que de sistemas, utopias, crenças vazias, decorrem dificuldades insuperáveis, pois “são impotentes para resolver todas as questões de fato que suscitam.”

O ser humano na pós-modernidade teria, então, três alternativas: “o nada, a absorção no todo (doutrinas panteístas) ou a individualidade da alma antes e depois da morte.”

Fatalismo –lei de causa e efeito e momento de transição sendo acionados a todo instante no meio espírita para justificar os conflitos humanos – onde estaria o nosso livre-arbítrio? […]

As doutrinas espiritualistas falam de vida após a morte, mas somente o Espiritismo vai dar um sentido para a vida após a morte. Como exemplo, a obra O Céu e o Inferno traz um elenco de testemunhos de Espíritos nas mais diversas situações morais e intelectuais, viventes em planos existenciais concernentes ao seu nível de evolução.

“E se a lógica nos conduz à individualidade da alma, também nos aponta esta outra consequência: a sorte de cada alma deve depender das suas qualidades pessoais. (…) Segundo os princípios de justiça, as almas devem ter a responsabilidade dos seus atos, mas para haver essa responsabilidade, preciso é que elas sejam livres na escolha do bem e do mal.”  Kardec nos convoca a não entendermos a lei de causa e efeito literalmente entendida, pois seria fatalismo, e consequentemente nos levaria à Lei de Talião. […]

Se há doutrina insensata e antissocial, é seguramente, o niilismo que rompe os verdadeiros laços de solidariedade e fraternidade, em que se fundam as relações sociais.”

E como tudo isso atinge os nossos laços familiares?     

Na questão 775 de O Livro dos Espíritos, “qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento dos laços de família?” Os Espíritos respondem: “Uma recrudescência do egoísmo.”

Muitos pensadores e religiosos, sociólogos e filósofos se têm debruçado neste fenômeno social que estamos vivenciando na atualidade. […]

Portanto, repito, não se trata apenas de jogar para a responsabilidade da Lei de Causa e Efeito, pois isto seria interpretar as Leis Divinas, tão sábias e magnânimas, de maneira simplista e sem a profundidade necessária. […].

Disponível na íntegra em: https://espirito.org.br/artigos/lei-sociedade-construtora-cidadania-crista-espirita/

A imagem é um recorte de: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/collage-mosaic-many-happy-multiracial-people-1735036061

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.