Completistas, eu e você?

Completistas, eu e você?

Completistas, eu e você?…

Um dia a gente chega lá

Na espiritualidade, o título completista designa as raras pessoas que aproveitam todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferece. Em geral, quase todos nós, ao regressar à esfera material através da reencarnação, perdemos oportunidades muito valiosas no desperdício das forças fisiológicas.

Perambulamos por aí, talvez fazendo alguma coisa de útil para nós e para outrem, mas, por vezes, desprezamos cinquenta, sessenta, setenta por cento de nossas possibilidades e, frequentemente, até mais. Em muitas ocasiões, prevalece ainda, contra nós, o agravante de termos movimentado as energias sagradas da vida em atividades inferiores que nos degradam a inteligência e embrutecem o coração.

Aqueles, porém, que mobilizam a máquina física, à maneira do operário fidelíssimo, conquistam direitos muito expressivos no pós morte do corpo material. O completista, na qualidade de trabalhador leal e produtivo, pode escolher, à vontade, o seu futuro corpo. E quando lhe apraz o regresso à crosta terrestre em missões de amor e iluminação.
A cada um será dado segundo as suas obras, está em Mateus 16:27.
Nesse trecho do Evangelho, percebemos a responsabilidade que nos cabe perante a Lei Divina. De acordo com o esforço empreendido, estaremos mais próximos ou mais longe de ser um completista. Fomos criados simples e ignorantes por Deus, nosso Pai, mas dotados de aptidões. Ao desenvolvê-las (amor, inteligência e livre arbítrio), encontramos a sabedoria que evita o sofrimento e a dor.

E através do livre arbítrio fazemos escolhas. As escolhas geram consequências que, por sua vez, geram o discernimento. E este cria uma escala de valores que determina a conduta moral, o comportamento da criatura, demonstrando o nível de progresso realizado. Todos nós caminhamos nessa trajetória que se chama evolução.

Uns caminham rapidamente para serem completistas. Outros se movem lentamente, levando séculos para chegarem lá. Estacionam nas inferioridades, como a preguiça, a corrupção, a indiferença, e o desamor. Todo espírito que se atrasa não pode queixar-se senão de si mesmo, assim como o que se adianta tem o mérito exclusivo do seu esforço, dando por isso maior apreço à felicidade conquistada.

O progresso intelectual e o progresso moral raramente marcham juntos, mas o que o espírito não consegue em determinado tempo, alcança em outro, de modo que os dois progressos acabam por atingir o mesmo nível. Eis por que se veem, muitas vezes, homens inteligentes e instruídos pouco adiantados moralmente, e vice-versa. Se não fosse a lei natural da reencarnação, uma só existência corporal 

seria insuficiente para o espírito tornar-se completista, adquirindo todo o bem que lhe falta e eliminando o mal que lhe sobra.


(Revelações baseadas no livro Missionários de Luz de André Luiz/Chico Xavier e na obra Céu e Inferno, de Allan Kardec). 

Texto de Pedro Fagundes Azevedo, ex-presidente da Legião Espírita de Porto Alegre.

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