Psicografia Setembro 2019
Na
esfera dos sonhos
Os interesses recalcados, as aspirações frustradas, os tormentos
íntimos, complexos, mal conduzidos dormem temporariamente no inconsciente do
homem e assomam quando emoções de qualquer porte fazem-no desbordar, facultando
o predomínio de conflitos em formas perturbadoras, gerando neuroses que se
incorporam à personalidade, inquietando-a.
Da mesma forma os ideais de enobrecimento, os anelos de beleza, o hábito das
emoções elevadas, a mentalização de planos superiores, as aquisições e lutas
humanistas repousam nos departamentos da subconsciência, acordando, frequentemente,
e produzindo euforia, emulações no homem, ajudando-o os seu programa de paz
interior e de realizações externas.
O homem é sempre aquilo que armazena consciente ou inconscientemente nos
complexos mecanismos da mente.
Quando se dá o parcial desprendimento da alma através do sono natural, açodado
pelos desejos e paixões que erguem ou envilecem, liberam-se aos memórias
arquivadas que o assaltam, em formas variadas de sonhos nos quais se vê
envolvido.
Além deles, há os que decorrem dos fenômenos digestivos, das intoxicações de
múltipla ordem por consequência dos estados alucinatórios momentâneos, que
produzem.
Concomitantemente, em decorrência do cultivo de ideias deprimentes ou das
otimistas[…], ocorrem encontros agradáveis ou desditosos em que adquire
informes sobre ocorrências futuras, esclarecimentos valiosos, ou, conforme o
campo de interesse que cada qual prefira, experimenta as sensações
animalizantes, frui, em agonia, as taças vinagrosas dos desejos inconfessáveis,
continuando o comércio psíquico com Entidades vulgares, perversas ou
irresponsáveis que se lhe vinculam ao pensamento, dando origem a longos e rudes
processos obsessivos de curso demorado e de difícil liberação.
Nos estados de desprendimento pelo sono natural, a alma pode recordar o seu
pretérito e tom ar conhecimento de seu futuro, fixando essas impressões que
assumem a forma de sonhos nos quais as reminiscências do ontem, nem sempre
claras, produzem singulares emoções. Outrossim, a visão do porvir, as
revelações que haure no intercâmbio com os desencarnados manifestam-se como
positivos sonhos premonitórios de ocorrência cotidiana.
Quando dorme o corpo, não adormece o Espírito exceto quando profundas as hebetações
e anestesiamentos íntimos lhe perturbam os centros da lucidez.
Quando, porém, se exercita nos programas renovadores e preserva os relevantes
fatores da dignificação humana, sutilizam-se as suas vibrações, sintonizando
nas ondas que o erguem às esferas da Paz e da Esperança, onde os Seres ditosos,
encarregados dos labores excelentes dos homens, facultam que se mantenham
diálogos, recebendo recursos terapêuticos e lições que se incorporam à
individualidade, indelevelmente…
Nas esferas dos sonhos, se engendram muitas, incontáveis programações para o
futuro humano, nascendo ali ou se corporificando, quando já existentes, os eloquentes
capítulos das vidas em santificação, como as tragédias, os vandalismos, as
desditosa inomináveis…
Vive no corpo físico considerando a possibilidade da desencarnação sem aviso
prévio.
Dormir é morrer momentaneamente. Desse sono logo retornas, porque não se te
desatam os liames que fixam o Espírito ao corpo.
Podes, porém, pelas ocorrências que experimentas na esfera dos sonhos, ter uma ideia
do que te sucederá nos Círculos da Vida, após o desenlace definitivo.
Por tal imperativo, aprimora-te, eleva-te, supera-te, mediante o exercício dos
pensamentos salutares e das realizações edificantes.
Não apenas fruirás de paz por decorrência da consciência reta, como te
prepararás para a vida real, porquanto, examinada do Angulo imortalista, o
homem na Terra, se encontra numa esfera de sonhos, que normalmente, transforma,
por invigilância ou rebeldia, em desditoso pesadelo.
Autora: Espírito
Joanna de Ângelis
Extraído do livro: Leis Morais da Vida – Psicografia de Divaldo P. Franco.