Psicografias Agosto 2018

IMORTALIDADE

A imortalidade da alma é uma realidade incontestável.

O homem, inclusive o materialista, tem e sempre teve dela a intuição.

É que tendo sido criado por Deus, ou tendo d’Ele saído, contém em si mesmo o germe da vida futura. […]

Jesus, na sua caminhada pela Terra, apresentou-nos a vida futura. Ao falar das bem-aventuranças e as recompensas prometidas ao servo fiel, colocou todos os homens num mesmo nível de salvação e eternidade.

Allan Kardec, em todas as suas obras, nada mais faz do que nos mostrar as influências que os nossos atos presentes terão em nossa vida futura.

Apesar da imortalidade estar gravada nos refolhos de nossa alma, Espíritos imortais que somos, a grande maioria de nós deixa-se arrastar, hodiernamente, pelos estímulos sociais e culturais vigentes, que induzem à luxúria e sensualidade, ao poder desenfreado, ao apego à materialidade, sufocando o despertamento para a vida real do Espírito.

Em sua busca pela ascensão, esquece o homem que a matéria é fugaz, interiorizando uma visão equivocada da vida, esquecido que a edificação deve ser interior, espiritual, para que o futuro nos encontre despertos para as reais necessidades.

É compreensível que, para viver-se no mundo, sejam utilizados os mecanismos que lhe dizem respeito. Viver, porém, no mundo e não exclusivamente para o mundo. Fruir as benesses da organização material, tendo-se em vista o futuro inevitável que todos alcançarão, despertos ou adormecidos no engodo da transitoriedade das coisas. (…) Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando à convivência social, religiosa, humana…*

Na atual fase de transição planetária, quando o homem desperta para o amanhecer de uma Nova Era, é impreterível lembrar que a libertação do mundo se torna improrrogável, embora ser livre ou escravo da materialidade seja escolha de cada um. As aflições são resultado do apego às ilusões e fantasias criadas pelas ilusões humanas no decorrer de sua existência terrena. Cabe a cada um acordar para os valores reais da existência, o respeito a si mesmo e ao próximo, o cumprimento dos deveres grafados no íntimo.

A matéria é impermanente. Tudo na vida física se altera constantemente, do nascimento até a morte. O corpo dissolve-se e transforma-se diversas vezes durante a vida, assim como todo ser vivo. No entanto, continuamos a ser a mesma pessoa. Isto nos remete à reflexão sobre o permanente, ou seja, a vida real do Espírito, eterna, plena, dimensionando a importância de cada fato. […]

A consciência da imortalidade constitui o único fim da existência terrestre para atingir a harmonia e a saúde integral.

Herdeiro de Deus e de todo o Seu amor, o Espírito traz, ínsitos, os valores divinos, que lhe cumpre fazer germinar e desenvolver a potencialidade adormecida, assim candidatando-se à grandeza estelar.

Toda e qualquer aglutinação de moléculas que se encontram sob a força de atração experimenta mudanças, desarticulando-se em face de impositivos mais poderosos, assumindo outras expressões na forma.

A impermanência é inevitável ocorrência em todas as organizações e estruturas que existem no Universo.

Permanentes são o Espírito e a sua especial constituição energética, porquanto, criado por Deus, a Eterna Causalidade, avança, sem cessar, na direção da fatalidade para a qual se encontra destinado.*

 

Divaldo Franco/Carlos Torres Pastorino/

Impermanência e Imortalidade, ed. FEB.

FONTE: http://www.mundoespirita.com.br/?materia=imortalidade